Será esse o fim da separação entre on e off?


- Comunicativa -

Será esse o fim da separação entre on e off?

O processo de integração das mídias é uma realidade. O assunto, que foi abordado no Especial Mídia Digital do PROPMARK, trata do fim da divisão entre “on” e “off” pautados no conceito da digitalização. Esse especial tem como objetivo apresentar um panorama mercadológico do segmento, a fim de especular sobre as perspectivas anuais possivelmente atravessadas por ele.

Dentre o que foi apresentado para o ano de 2017, ganhou destaque a pauta sobre a divisão entre “tradicional” e “digital” não retratar mais de forma correta a nossa realidade. A tese foi baseada na crença de que o momento atual já ultrapassou os muros que se erguiam dentre esses dois abismos, de forma a gerar uma conexão generalizada. Dois dos grandes precursores da comunicação de massa, por exemplo, a televisão e o rádio, já tornaram-se plataformas digitais apesar da titulação tradicionalista.

Os autores apontaram ainda, a forma como os veículos impressos são capazes de se consolidar, hoje, com uma extensão natural em suas plataformas digitais. Esses fenômenos caracterizam uma comunicação única e integrada. Dada a constatação de que a digitalização exerce papel primordial em grande parte dos processos comunicativos, o conceito não serve mais como parâmetro para diferenciar “on” e “off”.

Ao ser indagado sobre as colocações, Eco Moliterno, que ocupa o cargo de diretor de criação da Accenture, apontou que há ainda a existência de uma segmentação, apesar da tendência um tanto quanto acelerada de integração dos universos comunicativos, e esse movimento representa um grande desafio para a tríplice veículo, anunciante e agência. Além disso, o criativo ressaltou que o consenso está em agrupar todos os meios em canais de interação.

Sobre a relação entre as mídias digitais e os anunciantes, os dados do IAB Brasil confirmam sua importância enquanto papel estratégico. O esperado é que, até 2018, o mercado alcance o marco dos R$14,8 bilhões. Mas, é importante ressaltar que, para atingir números como esses, será necessário que o setor passe por ajustes, dentre os quais, o principal se encontra na busca desenfreada pelo imediatismo de resultados.

A cultura do “curtíssimo prazo”, se impõe nesse processo em forma de desafio, uma vez que “Projetos digitais mais sólidos têm no seu DNA a capacidade de mudar as coisas. E mudanças precisam de mais planejamento”, afirma Paulo Sana, CEO da Wunderman.

Fonte: www.propmark.com.br